Em meu sonho, uma mulher branca corpulenta, deitada no leito.
Seu braço pendia da cama, balançava, quase tocando no chão.
Na época eu dirigia o grupo de Teatro Arte-Louvor na Comunidade de Israel.
Ensaiávamos a Peça: "Um Pedaço de Pão", de minha autoria.
Pensando na peça e no sonho, caminhava em direção ao meu emprego, o 11o. Cartório de Registro de Imóveis de São Pualo.
O movimento do braço que balançava trazia o ritmo de uma música para a peça: Tam...ram....ram...
Sem ser compositor, ou entender patavina de música. Caminhava e cantava:
Tam...ram...ram...
"Esta noite eu tive um sonho
Eu sonhei que morri
E no sonho eu estava triste e com medo
Pois não sabia pra que nasci.... Tam...ram...ram"
A mulher corpulenta do sonho, lembrava a personagem Senhora Rita da Peça. Estava decidido, esta música e contexto entrariam no texto.
Quando cheguei ao cartório o ambiente estava tumultuado.
Havia um casal: Luciano e Fátima, ambos trabalhavam ali. Naquela manhã, quando Luciano foi se Despedir da mãe, sogra da Fátima, em seu quarto, a mulher branca, corpulenta, estava morta.
A arte imita a vida
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